segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

“Na educação o território e seus significados importam”
A escola pública passa por um momento de adequação frente às demandas da contemporaneidade: as novas configurações familiares, os territórios, as tecnologias digitais, as adversidades no que diz respeito às desigualdades, além da necessidade de conexão dos currículos formal e vivido. Isso exige pensar estratégias de aproximação com a realidade dos territórios, o que eles têm de identidades e características sócio - econômica - política - ambientais.
Considerando que há um isolamento da escola, resultado da escassa cobertura de equipamentos de serviços públicos e privados em territórios de alta vulnerabilidade, o que implica a sobrecarga do espaço educativo com problemas sociais que não podem ser satisfatoriamente atendidos no âmbito da escola, constantemente é necessário empreender ações para o fortalecimento das Redes de Proteção Social envolvendo os agentes e atores da sociedade civil, comunidades e poder público.
Quando pensamos em uma Educação voltada à redução das desigualdades socioespaciais, entendemos que é fundamental perceber a importância do território como elemento articulador das áreas do conhecimento. O território e seus significados importam e possibilitam desenvolver estratégias para aliar currículo formal e vivido com foco no(s) território(s). E com as tecnologias digitais somadas ao olhar de cada educando, vivenciar a Interface com o processo de ensino-aprendizagem, ampliando o olhar sobre o território e seus significados.
 Considerar preponderante reconhecer as novas configurações familiares, de gêneros e étnicas implica trabalhar na escola e nas formações continuadas dos professores com os eixos da convivência, equidade e justiça social, a valorização dinâmicas intersetoriais de aprender, ensinar, proteger e intervir, com pressupostos de resiliência e cooperação, numa arquitetura de Redes de Proteção Social, na qual a função social de cada agente ou ator ou instituição fortalece e permite também perceber a viabilidade e os resultados de se pensar e agir juntos, nos territórios com vulnerabilidades sociais complexas.  
No que diz respeito especificamente à formação de professores, coordenadores e gestores das escolas faz – se necessário subsidiá-los com experiências e metodologias nos eixos escola – família – território, subjetividades das juventudes, Rede de Proteção Social, Educomunicação e Convivência. Isso contribui para a qualificação das equipes das Unidades Educacionais, e à inserção transversal de práticas e experiências, numa perspectiva interdisciplinar em que a inserção do território também se dá transversalmente.
Porém, além da formação, é necessário criar condições para assegurar que as práticas educativas propostas e / ou advindas das formações sejam apropriadas pelas escolas de forma autêntica e autônoma, e que se possa observar a sua efetiva aderência e aplicabilidade.

Entendemos que refletir sobre as dinâmicas inter-relacionais das escolas, suas potências e fragilidades e fomentar propostas e práticas que fortaleçam a convivência escolar integrada ao território, contribui para uma ambiência favorável para a aprendizagem, coautoria e participação.

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